Rotular uma Criança é limitar suas Capacidades
- Sandra Chies
- 3 de nov. de 2016
- 2 min de leitura
Rotular uma Criança é limitar suas Capacidades
Como esta criança é agitada não sabemos mais como trabalhar com essa situação!
É uma criança que não para nem um minuto sequer, ela só pode ser uma criança hiperativa! Você já ouviu esta frase alguma vez em seu dia? Notamos quantas pessoas têm realizado um diagnóstico antecipado e equivocado de situações semelhantes, dando às crianças a conotação de um problema, sem que este exista.
A grande preocupação e o grande erro cometido com nossas crianças estão relacionados à atribuição de rótulos, doenças ou diagnóstico naquilo que faz parte apenas do desenvolvimento saudável e também de uma nova geração respondendo ao ritmo que presenciam diariamente: com pais, na escola, nas informações e no uso de tecnologias. Hoje as crianças de certa forma conseguem desenvolver varias atividades ao mesmo tempo é a agitação a qual se faz parte do contexto o qual exige essas novas atribuições.
Todo diagnóstico que indica qualquer tipo de doença deve ser feito com técnica e profissionalismo, incluindo não apenas a observação de um único comportamento isolado (por exemplo: agitação e energia para correr e brincar até tarde), mas de todo o contexto daquela pessoa. Um diagnóstico nunca deve ser precoce nem baseado numa desconfiança ou num “achismo”.
Medicar nem sempre é a indicado nem sempre é a saída, pois o nosso foco é perceber que a criança ativa, está sim vivendo uma das fases mais bonitas da vida: ser criança, ser ativo, ser criativo.
Sendo assim se seu filho, seu irmão, sua filha, em seu processo de desenvolvimento, forem diagnosticados com algum tipo de questão, seja ela física mental ou emocional, é importante que o primeiro passe a ser dado seja “não rotular” e sim diagnosticar de forma correta e assertiva. É necessário de certa forma rever nossas condutas na educação e preparo dos filhos observando as habilidades e capacidades onde estão escondidos tesouros os quais projetariam nossos filhos e alunos ao horizonte promissor.
Um exemplo prático quando um aluno vai mal à prova; ele teve um baixo desempenho naquela prova, mas não significa que ele seja um fracasso ou que eternamente será um mau aluno. Nosso desenvolvimento depende de estímulos que são diferentes de pessoa para pessoa; um dos seus filhos pode ter maior habilidade para matemática, já o outro, para geografia, mas, mudando a forma de ensiná-los ou ajudá-los, ambos podem crescer em suas dificuldades e diferenças.
Não permita que coisas simples tomem uma proporção maior do que realmente são ou que antecipem problemas que nem existem. E mesmo que existam que eles não sejam uma barreira, pois a vida oferece muitas chances mesmo diante das maiores adversidades. Não se intimidando em procurar ajuda para seus filhos, um olhar de um profissional de Psicologia poderá mudar a visão existente de fracasso em um olhar de busca permeando o desenvolvimento de forma simples e objetiva.
Sandra Chies
Psicóloga e Psicopedagoga
Especialista em Educação Especial e Psicopedagogia Clínica e Institucional.
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