A Dislexia no Contexto Escolar e o papel do professor
- Sandra Chies
- 3 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

A escola é um dos primeiros lugares em que percebem-se as manifestações de ordem cognitiva. Segundo Topczewski (2000) afirma que considerando-se as suas dificuldades relacionadas à dislexia, a criança percebe que sua vida se torna um tanto penosa, complicada, seja na escola ou em casa. Na escola sempre houve casos de dislexia, mas a metodologia de ensino determinante não a reconhece e não foi feita para crianças disléxicas. Em conseqüência a evasão escolar é predominante. Poucos conseguem manter-se na escola devido à frustração de não conseguir aprender e acompanhar a turma.
Lima (in Araujo e Luna, 2005) exibe com significância que temos conhecimento de que a dislexia se manifesta durante a alfabetização, mas nem sempre as escolas conseguem detectar os sinais dos distúrbios.
De acordo com Lima (2012) a dificuldade na decodificação é um dos fatores presentes na realidade escolar. Quando esta dificuldade persiste na sala de aula, o professor deve ter uma posição de atenção. Com a intervenção precoce, com iniciativa pedagógica, quando o aluno está apto a aprender, o processo é mais eficaz e significativo. Em decorrência da falta de conhecimento de professores, coordenadores e diretores, o sistema educacional falha, desfavorecendo esses alunos e reforçando o atraso na aprendizagem.
Ainda para Lima (in Araujo e Luna,2005) muitos disléxicos passam a infância e a adolescência sem ler um livro, não tendo, às vezes o conhecimento da causa, atribuem essa dificuldade a capacidade intelectual.
Ianhez e Nico (2002) afirmam que: Seria muito importante que todo o professores tivesse conhecimento referente que é dislexia. Assim havendo suspeita que um aluno esteja apresentando algum distúrbio de aprendizagem, seria muito mais pontual o diagnostico.
No conceito de Gonçalves e Navarro (2012) depois de detectada a dislexia, cabe à escola, juntamente com o professor, incluir este aluno na sala de aula, trabalhando para com que este aluno consiga amenizar seu distúrbio de aprendizagem.
Conforme afirma Gonçalves e Navarro (2012) o professor pode e deve ajudar seu aluno, trabalhando com a autonomia do mesmo, para que ele se sinta independente em tudo, acolhendo-o e respeitando-o.
O professor é o maior responsável por facilitar o dia-a-dia do disléxico, criando alternativas de trabalho dentro da sala de aula através da prática de repassar ao aluno o resumo do programa a ser desenvolvido, além de expor no início do ano, qual matéria e quais métodos serão utilizados afirmam assim Gonçalves e Navarro (2012).
Ainda para os autores o importante é iniciar cada novo conteúdo com uma proposta, um esquema de fácil compreensão do que será apresentado no período; usufruindo de recursos como apoio para apresentar a lição à classe, organizar o quadro em sala de aula para que fique de fácil compreensão para a criança, utilizando também projetor de slides e vídeos; evitando instruções orais e escritas ao mesmo tempo; organizar agenda de trabalhos com prazos longos para que encontre outras formas de realizá-lo são alguns dos cuidados que Gonçalves e Navarro (2012) apresentam em seus estudos.
Em relação à busca de informações e conhecimento que são essenciais para a prática do professor Ianhez e Nico (2002), afirma que não se faz necessário os professores serem especialistas nas questões problemas de aprendizagem, mas é indispensável que todo o professor tenha a clareza das necessidades dos alunos disléxicos dentro e fora da sala de aula.






























































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